Por um lado isto poderia ser definido como livre-arbítrio. Afinal de contas, eu não preciso conviver com alguém que não tenha nada a ver comigo ou que me desagrade. Quero apenas viver a minha vida e quero conviver com os meus, com aqueles que gosto e que tenho afinidade.
Claro que é uma postura individualista, a grande maioria das pessoas hoje vive assim.
Mas a exclusão têm várias nuances. Pode ir desde uma postura de apatia perante o outro, aquele que me é estranho, até um genocídio de um determinado grupo. Afinal de contas, a exclusão absoluta é privar de viver aquele que não quero por perto.
O bullying, que tanto vemos nas escolas, nada mais é que a reprodução do sistema de exclusão de dos valores impressos nos adultos com quem as crianças e os jovens convivem. A classe média se auto-excluiu do convívio social, vivendo em pequenas redomas, sem ter de andar pelas ruas e ver os excluídos dos valores que ela prega e exercita.
Para quem quer entender o ponto de vista da classe média semi-abastada, há um belo texto do Contardo Calligaris circulando nas redes sociais, basta clicar aqui para entender como a Inveja é uma mola propulsora da exclusão.

Esta semana o governo da Síria lançou armas químicas contra a população, e centenas ou milhares de pessoas morreram. As fotos de fileiras de crianças mortas pelo governo está aí para quem quer ver. Tive a oportunidade de ver um vídeo (infelizmente) da AFP com crianças agonizando enquanto médicos tentam salva-las mas não tenho coragem de postar o link, é muito triste e perturbador.
O que é necessário entender é que a Exclusão, radical ou não, gera consequências graves naqueles que são excluídos. E que precisamos estar muito atentos ao nosso comportamento, já que muitas vezes excluímos sem nos darmos conta que estamos fazendo isto.
Não deveria ser possível negar o outro. Mas é possível destrui-lo. E é o que fazemos todos os dias com aqueles que são estranhos a nós.