Let´s Go!

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6.3.13

Em busca de uma compreensão do pensamento feminino

Uma pequena história de como pode ser complexo para um homem entender o pensamento de uma mulher. Uma vez fui levar minha filha ao cabeleireiro, e um dos caras que cortava o cabelo tinha os braços bem musculosos. Minha filha olhou e me perguntou: "Pai, se você faz tanta ginástica por que seu braço não tem as veias saltadas que nem a deste cara?"
Olhei para o meu braço e me senti meio murcho, nada Rambo... Tudo bem, faz parte da vida.
Aí resolvi pegar mais pesado nos treinos, aumentei os pesos, fiz mais academia, e um dia as veias do meu braço começaram a saltar.
Quando encontrei com minha filha a primeira coisa que fiz foi comentar: "Olha, as veias do meu braço estão saltando".
Na mesma hora minha filha disse: "Ai pai, acho horrível braço com veia saltada..."

Vai entender, né?

4.3.13

O Taxista Motivacional

Já tinha visto muito Consultor Motivacional, mas Taxista foi a primeira vez.
Entrei no Táxi e comecei a bater papo, como faço sempre. Fui puxando assunto e o taxista começou a falar que a empresa dele tinha falido, que a mulher tinha ido embora, só história ruim. E ele comparava a mulher a um personagem de novela, a Carminha. "Sabe a Carminha? (eu não sabia, mas tudo bem) Minha ex-mulher é igual a Carminha. Minha vida está um inferno". E só reclamava.
Tentei amenizar a situação, fazer com que o figura não ficasse tão triste com suas histórias. Aí ele me contou que dava para cada passageiro um papel. Ele tinha três, um para cada tipo de passageiro.

Meu dia tinha sido bom, depois de uma série de problemas no começo do ano, eu estava um pouco mais "de bem" comigo mesmo. As coisas estavam começando a entrar no eixo, e estava bastante motivado. Tanto que tentava motivar o pobre Taxista, que só contabilizava negativamente os últimos acontecimentos de sua vida.

Aí ele me perguntou sobre a minha vida. Contei que tinha passado por umas situações difíceis nos últimos tempos, mas que estava numa fase ascendente. E ele olhou para mim e disse: "Nossa, você está numa situação complicada, hein?" E eu disse que não, que as nuvens já estavam saindo do céu, e o sol estava voltando a iluminar. E ele insistiu: "Sua vida é difícil".

Quando chegamos, fui descer do táxi mas ele não deixou. Me lembrou do papel que iria me dar. E disse que tinha três papéis diferentes. Um para as pessoas que conversavam com ele, batiam papo e eram receptivas. O segundo era para pessoas meio desanimadas, mas com um fundo de esperança no tom da voz. E o terceiro era para pessoas quietas, pouco receptivas, mal-humoradas e baixo astral.
"Qual papel você acha que vai receber?", ele disse.

Como me parece que estou bem, e estava particularmente bem-humorado, disse que achava que ia receber o primeiro.

"Errou! Você vai receber o terceiro. Está muito desanimado e precisa sair desta sua situação. Precisa ser mais bem-humorado e levar a vida de uma maneira mais leve".

Tirou um folheto do bolso e me entregou. Eu recebi a mensagem e saí do táxi.

E fiquei pensando: Como as pessoas projetam na gente seu estado de humor... Minha lição naquele dia foi que tem muita gente que parece querer nos ajudar, mas a maioria está tentando ajudar a si mesmo, mas não sabe disto.