Let´s Go!

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30.3.12

Profissões não recomendadas

Depois de ter virado um fotógrafo maratonista, descobri que existem atividades que não são muito compatíveis. Toda hora eu tenho de parar de correr pois o olhar de fotógrafo chama a atenção para as coisas que a gente vê no trajeto. Enquanto der para conciliar, vou correndo, parando, fotografando e voltando para a correria...


Isto me lembra de um ótimo filme do Woody Allen, Um Assaltante Bem Trapalhão, que mostrava uma cena inesquecível, que (de acordo com o personagem) teria sido uma das razões de ele ter se transformado num marginal. Na juventude o personagem tinha tentado tocar numa fanfarra, e se desiludido, pois ele tocava violoncelo e tinha de ficar correndo com a cadeira para poder sentar e tocar, enquanto a fanfarra andava pelas ruas. 
Daí pensei que existem alguns mix de profissões que realmente não valem a pena. Eis alguns exemplos:


Cheirador de Suvaco e Gastrônomo
Fica difícil depois de uma sessão de verificar o odor do suvaco de um monte de gente entrar na cozinha e preparar um prato gostoso. Tudo vai ficar com um cheiro estranho, meio azedo, e para compensar o futum você vai encher a comida com temperos e aromas, o que vai deixar seus convidados praticamente drogados com o excesso de tempero...


Modelo e Apicultor
Além de não ficar necessariamente bonito com uma barba cheia de abelhas (só vai poder posar de cover do Marcelo Camelo), o risco de distribuir ferroadas (e angariar processos) num estúdio fotográfico é enorme!


Granjeiro e Dono de Pet Shop
Conflito básico, o que fazer? Cuidar do bichinho ou matar, depenar e temperar para comer? Fuja deste mix de profissões, altamente não recomendável


Dançarino e Carregador de Ovo da Lady Gaga
A grande questão neste mix de profissões é como sambar enquanto leva o ovo gigante, mas acho que é possível, se você estiver em boa forma física e a Lady Gaga não estiver com o vestido de Bacon, pois o cheiro pode ser intoxicante.

29.3.12

Distúrbios Mentais não justificam a maldade humana

Conheço muitas pessoas que convivem com distúrbios mentais, mas isto não significa que conheça profundamente o assunto, assim, me perdoem os super especialistas na área. No fundo a reflexão deste artigo é sobre a negação do Mal que vemos nas pessoas em geral. O Mal que habita o seu próprio coração.
Excluindo os borderlines, conheço dois comportamentos distintos: Gente que surta "do bem" e gente que surta "do mal". Sim, estou assumindo a questão binária Bem e Mal, falando sobre a questão subjetiva chamada Moral.
Tanto faz o transtorno, bipolaridade, esquizofrenia, depressão. Reparem: Há pessoas que sofrem quando estão fora de si e há pessoas que fazem os outros sofrerem quando não estão bem.
Da mesma maneira que as drogas, parece que a pessoa deixa cair algumas barreiras morais ao surtar e assim conseguimos enxergar melhor seu caráter (que obviamente não está relacionado ao seu distúrbio, são coisas totalmente distintas).
A mãe de um amigo meu é um bom exemplo. Ela tem surtos relativamente constantes mesmo clinicada. Não sei qual a razão ou qual o "rótulo" clínico, e nem interessam. Pois bem, quando ela surta geralmente sai pela rua, vagando pelo bairro, colhendo flores e brincando com os cachorros da vizinhança. Nunca vi nenhum comportamento agressivo ou prejudicial aos outros. Conheço muitas pessoas assim. E isto não significa que não sofram, ou que não estejam precisando de ajuda, mas de dentro delas não sai nada perverso, não há ataque aos outros.


Por outro lado vi muitas pessoas que quando surtam atacam as pessoas, parece que alguma maldade habita a pessoa, e ela se torna agressiva ou ardilosa. Um bom exemplo é um professor que conheci, que tinha comportamentos dignos de vilão de desenho animado quando surtava. O fato dele usar drogas constantemente também não ajudava, pois são um gatilho para surtos, e assim a maldade dele se tornava cada vez mais constante. Em surto, dedicava boa parte de seu tempo criando planos contra outras pessoas.


Todos temos maldades dentro de nossos corações, alguns não as expressam por controle. Controlam até... surtar, e quando surtam vêm uma avalanche de maldade em direção ao mundo.


Não acho que o surto seja o problema, mas sim a negação do Mal. Toda vez que negamos o Mal talvez acabemos encapsulando este sentimento. Se não aceitarmos nossas maldades, nossas imperfeições, o risco é de algum gatilho emocional ou físico disparar e despejamos aquele número enorme de sentimentos nos outros.


PS - Por favor, quem tiver mais informações sobre as razões pela qual numa situação de descontrole as pessoas tendem a expressar manifestações de maldade, agradeço comentários. Quero entender mais sobre o assunto e dialogar.

28.3.12

Ditadura da Beleza ou da Juventude?

Se formos interpretar os fatos à luz dos Neo Darwinistas, em especial Richard Dawkins, a culpa é de nossos genes que tentam ficar se reproduzindo para sobreviverem neste vetor que chamamos de ser humano. Homens e mulheres, cada um à sua maneira (homens buscando o maior número possível de fêmeas, e mulheres procurando um macho alfa, que possa garantir seu sustento enquanto passa vários meses de sua vida grávida e/ou cuidando dos filhotes) farão de tudo para que nossos genes sobrevivam e se perpetuem.
Portanto, nada mais óbvio do que as mulheres tentarem à todo custo se manterem atraentes, aumentando sua possibilidade de encontrar machos alfa. E, ao mesmo tempo, quanto mais atraentes, mais poderosas, e mais chances de se tornarem também fêmeas-alfa.


O discurso das velhas feministas, estilo anos 1960, não funcionaria, de acordo com os evolucionistas. Este fenômeno não seria algo "cultural", no sentido da Cultura Ocidental, que tem alguns milhares anos. O buraco seria mais embaixo, pois nossa cultura, nossa sociedade e nosso entorno mudou, mas nosso corpo continuaria o mesmo, sem alteração, há pelo menos quarenta mil anos. Isto significaria que o software humano estaria atualizado, mas o hardware seria muito antigo, regido por uma Bios (literalmente) da época das cavernas. Temos nesta situação um discurso de superfície contemporânea, mas a essência da questão da beleza estaria na tentativa da mulher se manter o mais atraente possível pelo máximo de tempo que conseguir, pois esta seria a estratégia de nossos genes para tentarem sobreviver o máximo possível, conduzindo o vetor deles (o indivíduo) nesta direção.


Por outro lado, a visão sociológica/filosófica: Negamos o entardecer da vida, e negamos absolutamente a morte. Nossa sociedade (aí sim a Sociedade, a Cultura Ocidental) não saberia trabalhar com a ideia de finitude, de que um dia acabaremos, criando uma hiper valorização da vida, em especial da juventude. Isto teria se reforçado nos anos 1960 com o levante dos jovens em relação aos modelos sociais pré e pós Segunda Guerra Mundial. O padrão, que antes era o adulto, agora é o jovem. E se antigamente um jovem era um "projeto de adulto", hoje um adulto é um "jovem que passou do tempo", e assim, todas as tentativas são de se manter uma aura de juventude, vestindo-se de maneira juvenil, cortes de cabelos dos ídolos juvenis, e por aí vai.  E isto afetaria em especial as mulheres, pois o envelhecer seria socialmente mais aceito nos homens do que nas mulheres. Basta ver que um homem grisalho pode ser considerado "charmoso", enquanto uma mulher grisalha é necessariamente "velha". Eu pessoalmente não acho isto, mas mulheres de 40 anos fazem papel de mães de mulheres de 25 nas novelas...


Há outros evolucionistas que dizem que não estamos preparados (socialmente e fisicamente) para vivermos tanto quanto vivemos hoje. A média de vida na época de Cristo era de 28 anos, e hoje nossos filhos provavelmente passarão dos cem anos. Daí doenças como Alzheimer (não é que não existissem antigamente, é que nosso corpo não está preparado para viver tanto, e antes morríamos sem dar chance delas aparecerem).


Por outro lado há um estudo incrível que diz que a sociedade humana só surgiu por causa do envelhecimento da raça, pois sem isto homens e mulheres ficariam tão ocupados em cuidar dos filhos que não teriam tempo de desenvolver outras coisas. Assim, será que não está na hora de aceitarmos o belo papel que a vida nos dá na velhice que é de dar suporte às novas gerações, para que continuem a fazer as coisas incríveis que começamos a plantar quando nossos cabelos não precisavam de tintura?

27.3.12

Bulimia Cultural

Nossa sociedade sofre de um transtorno facilmente categorizável: A Bulimia Cultural.
Como se configura este distúrbio? Na incapacidade de digerir os dados, impedindo a digestão da informação e impossibilitando a geração de conhecimento.


Isto se dá pelo fato de sermos cada vez menos capazes de agirmos de forma seletiva. Há informação demais, e somos demandados a tomar conhecimento de tudo, ou quase tudo. Não somos obrigados, mas parece que somos.


Quer um exemplo? Eu não assisto Televisão. Perdi o hábito, de vez em quando fico admirado olhando na casa dos outros, ou em vitrines de lojas. Mas não assisto. Sei dos incríveis seriados americanos, dos BBBs, das novelas, mas não acompanho nada.
E posso garantir que quando falo isto para as pessoas há um silêncio absoluto na sala. É aquele momento em que te olham como se fosse um espécime isolado, um Mogli, um Kasper Hauser. Só vi este mesmo olhar no rosto das atendentes do Mc Donald´s, quando minha irmã vegetariana pede um Big Mac sem hambúrguer...


O fenômeno não é novo, faz tempo que o pessoal lê resumos, quer seja da Bíblia ou de Iracema (para fazer prova), ou vê o filme para não precisar ler o livro, e por aí vai.


Digestão é um negócio complicado, exige sangue, oxigenação, paciência. Engolir e Cuspir é mais rápido, e tecnicamente não contaminante, ou seja, não precisamos depois ficar pensando nos fatos durante tempos. O conhecimento é mais ou menos como o Pimentão, que fica conversando com a gente durante um tempão depois de ter sido engolido.


Uma  hora isto vai ter de parar, pois a Bulimia Cultural impede que o corpo e a mente se reponham de sais minerais fundamentais, que precisam ser ingeridos e processados lentamente, mesmo que a vida seja curta.

26.3.12

Carreira e Amizade


Este é o discurso que proferi para a turma de formandos da Fecap, dia 24/03. Longe da genialidade dos Steve Jobs da vida, mas vale como registro de um momento legal que passei.


Fiquei honrado com o convite para ser o patrono da turma de formandos de 2011 de Publicidade e Relações Públicas da Fecap, obrigado pelo carinho!


O que vocês precisam lembrar agora é que terminar uma das etapas não significa terminar o processo: O aprendizado vai continuar a acontecer na sua vida. 
Vocês escolheram uma carreira muito dinâmica. Quando começaram a faculdade não existia Facebook, Twitter e Banda Larga era para poucos. Hoje criar aplicativos faz parte de criar uma boa campanha de comunicação. O mundo gira, e rápido!
Pudemos tratar em aulas de assuntos como MKT Viral, Redes Sociais, Storytelling e um monte de coisas que 1 - Hoje são relevantes, 2- Ontem não existiam e 3 - Amanhã talvez não existam mais.
Não são apenas "modinhas", a comunicação é dinâmica e estabelece novos patamares e modelos a cada momento. Assim, estejam alertas às mudanças, e, de preferência, sejam os agentes da mudança na comunicação.
Há um preço em ser pioneiro: A incompreensão. Vai ter muita gente que não vai entender o que você está falando, acostume-se a isto, se resolver inovar. 
Mas também não tenham medo de buscar conhecimento na antiguidade. Não é para criar estratégia de comunicação usando o Fax, ou o Pager! Mas nos antigos pensadores há muita verdade a ser descoberta. Clássicos como Platão, Sêneca, pensadores da comunicação como Baudrillard ou mesmo o McLuhan estão disponíveis para quem quiser le-los.


Mas fugindo um pouco do assunto vida profissional, sejam felizes! Aproveitem que a vida é curta, e curtam seus amigos. Amigos são mais importantes do que colegas. Desconfiem de pessoas que só têm colegas, e não tem amigos. Procurem pessoas que sorriem, que sejam acessíveis, divertidas. Evitem as pessoas que se acham donas da verdade, ou que são invejosas. 
Groucho Marx, um comediante do começo do século passado dizia que não há graça nenhuma em ir ao cinema se não tem um amigo ao seu lado para comentar a porcaria de filme que estão assistindo.
Não busquem o caminho da solidão, tenham amigos e sejam fiéis às suas amizades. Ofereçam seu afeto. Quando você fizer sucesso e a pessoa ao seu lado ficar incomodada, ela não é sua amiga. 


Parabéns a todos os formandos! Vocês merecem todo o sucesso e felicidade do mundo.


PS - A foto é da Rafa, querida aluna, que me flagrou num momento em que eu estava concentrado, só não sei se era para relembrar o discurso ou se estava de olho nas mensagens recebidas. Os alunos estavam me congratulando via aplicativo durante o evento, sinais da comunicação de hoje...)

De que adianta o templo lindo se o padre é ruim?

O que faz o fenômeno religioso acontecer são os pregadores, não o local em que o rito acontece. Acho que tem muito movimento religioso que esqueceu disto. A própria Igreja Católica muitas vezes pune gente como o Padre Marcelo (eu particularmente não gosto, mas o cara toca milhões de pessoas de maneira positiva), por vaidade, vaidade e vaidade. 
Vi este padre no YouTube e achei o cara divertido, atualizado, sensato e com capacidade de sensibilizar sua comunidade.
Óbvio que não vou me converter por causa dele, mas que ele fala e o pessoal ouve, tenho certeza. Igreja lotada! Já faz tempo que vemos a dificuldade da Igreja Católica de conseguir formar padres interessantes. Os que apareceram foram abafados, ou colocados em segundo plano. Vaidade, vaidade, vaidade....
(Escrevi este post há duas semanas atrás, e fiquei feliz de ver o padre no Fantástico ontem. Vamos ver quanto tempo a Igreja vai demorar para cortar as asinhas do moço...)


25.3.12

Viva la Música!

Quem disse que não existe inteligência na música Pop? Que só vemos sucessos passageiros, efêmeros, e de baixa qualidade, como Lenine, Coldplay, John Mayer e outras porcarias?
Separei alguns clips que vão fazer o maior sucesso na sua festinha na garagem! Separe a máquina de gelo seco, o globo com espelhinhos, o vinho químico e se joga, meu chapa!

Locomia
Já vieram para o Brasil, enlouqueciam a mulherada com seus sapatos de polichinelo e grandes leques. Rebola aí, tiozinho!

Golf Boys
Alguns dizem que é uma Boy Band de gozação, mas eu não acredito. Acho genial que eles tiveram a ideia de cada um ser um estilo, o índio, o machão, o esportista... Se bem que, pensando bem, o Village People já fazia isto, mas deixa para lá e se joga na pista!

Mary e Los Juanas
É na verdade uma franquia, pois você vai encontrar em qualquer cidade por aí eles tocando na rua e dançando hare hare. Bate Cabelo e Bate Bata Indiana!

Gengis Khan
Uma única palavra resume o grupo: Sexy e Chique!

Gengis Khan (Ué? Tem dois?)

Os Pré-Sal
Banda criada no Governo Lula para divulgar a potência petrolífera que se tornou o Brasil! Senta na cadeira, gruda uma vela acesa na cabeça e fica girando! Uhu!