Let´s Go!

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3.7.12

Shut Up! Ajudando os Pobres

Seguindo a minha saga de ser uma pessoa incapaz de fechar a boca, mais uma pequena história das bobagens que falo por aí.


Uma vez, quando trabalhava num colégio bastante elitizado, tive a oportunidade de conhecer a ONG responsável pelos projetos sociais de lá. Era semana de planejamento, todos os professores reunidos num salão, e uma senhora começou a falar:


- Antigamente, aqui na frente do colégio, era uma grande favela, com esgoto a céu aberto e muita miséria. Nossos alunos chegavam e tinha toda aquela pobreza, e resolvemos intervir. Começamos uma série de melhorias no local, blábláblá... (e foi listando uma série de atividades desenvolvidas ao longo do tempo).


Quando ela terminou, eu pedi a palavra...


- Gostaria de parabenizar o trabalho da ONG e o esforço, pois o resultado é espantoso! Posso ver que este tipo de intervenção funciona: Hoje o local mudou muito, pois os conjuntos residenciais são lindos, com excelentes apartamentos e áreas gramadas!


Os pobres tinham sido obviamente transferidos para outro local, com a expansão imobiliária na região, e, onde era uma favela, agora tinha prédio com apartamento de dez milhões de dólares e milhares de metros quadrados por unidade.
Nem preciso dizer que depois desta nunca me chamaram para fazer projeto social por lá...

2.7.12

Shut Up! A boa oportunidade de ficar quieto

Inaugurando a coluna Shut Up no meu blog! Sabe aquela belíssima oportunidade de calar a boca que você perdeu? Então, eu sou igual, várias vezes perdi o momento certo e resolvi falar alguma bobagem.


Quando eu morava com minha mãe, final da adolescência, tive uma conversa com ela. Na verdade foi um DR básico. Eu trabalhava, estudava e estava envolvido até a medula com Arte. Minha mãe, preocupada com este papo de Arte, me chamou um dia na cozinha:


- Filho, estou preocupada com seu futuro! Você fica fazendo teatro, tocando teclado, estudando artes plásticas, só vai ao cinema e exposições. Me diga: O que você faz de concreto?


Eu, infelizmente, não resisti...


- De concreto, mãe? Hummm, acho que de concreto mesmo eu só faço cocô...


Como era uma resposta inesperada, minha mãe sequer compreendeu o que eu tinha acabado de falar. Deu três segundos de cara de cachorro (com a cabeça virada para o lado, sabe?), levantou e nunca mais falamos sobre o assunto. Acho que foi a melhor resposta, acho...