Com a preocupação com a Lepra no século XVI, são construídos os leprosários, para que fossem confinados os doentes, e evitar o contágio.
Com o declínio da doença na Europa, os Leprosários não tinham mais função, então começaram a internar os sifilíticos, para evitar que a doença se espalhasse. Mas num determinado momento a quantidade de sifilíticos também diminuiu, e não havia mais sentido em usar toda aquela estrutura para poucos doentes. Foi aí que surgiu a ideia de colocar dentro das estruturas os loucos.
O que é louco? Não pretendo esmiuçar o conceito fino do Foucault, mas louco é aquele que não se enquadra na normalidade. Assim, todas as pessoas que não eram consideradas "normais" pelos outros ou pelas autoridades passam a ser confinadas nos antigos Leprosários. E assim surge o Manicômio.
O autor cita muitos países que passam a confinar seus "loucos" na Europa, mas não cita Portugal. Curiosamente, na mesma época Portugal começa a enviar os "degredados" para sua colônia, o Brasil recém-descoberto. E o que são os "degredados"? As pessoas que não eram consideradas "normais" em Portugal.
Pensar que o Brasil começa sua história como um grande Manicômio faz a gente pensar, né?
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