Você já deve ter visto que um número razoável de homens adora canetas e relógios.
Já parou para se perguntar por que?
Antigamente o relógio simbolizava o domínio do tempo, como se ao ter um relógio o homem tivesse controle de sua vida.
Já a caneta é símbolo da capacidade de decisão, de assinar papéis importantes. Há valor naquilo que assino, e minha caneta reflete o valor que a minha assinatura tem.
Ainda existe muito fetiche pelos dois objetos, mas com a mudança dos valores da sociedade, os objetos que simbolizam valor mudaram, e os homens passaram a ostenta-los.
Pense bem, qual é a primeira coisa que um homem faz quando chega em algum lugar? Imediatamente tira seu celular, as chaves do carro e a carteira e coloca em algum lugar visível.
A chave e o celular simbolizam atualmente o poder de mobilidade absoluto. Posso estar em qualquer lugar, real ou virtual, na hora em que quiser. Acesso o mundo e as pessoas de todos os pontos em que estou. E obviamente, minha capacidade de acessar é representada por marcas que mostrem que não sou qualquer um, estou em todos os lugares em grande estilo.
Já a carteira demonstra o valor diferenciado que meu crédito têm. Meu crédito é exclusivo, refinado, tem grife.
Quem não leva a sério esta linguagem simbólica corre o risco de achar que é apenas ostentação. Mais do que isto, é uma maneira de posicionar-se nas hierarquias da sociedade em que vivemos. É assim que nos comunicamos... Para o bem ou para o mal.
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