Como todas as boy bands (sim, Beatles é a primeira), sempre nos identificamos mais com um do que com outro.
Nunca tive empatia pelo Paul, acho um bicho meio insosso. E acho que o John foi uma das personalidades mais espetaculares que passaram por este planeta, trouxe uma reflexão profunda (e propagandista) de uma maneira de levar a vida incrível.
Mas amo mesmo o George Harrison.
Suas composições são particulares, e sua atitude perante o mundo me tocam. Low profile, de poucas palavras, não entrou na contenda Paul X John (quem é mais genial? quem tem maior capacidade intelectual, musical?), George conviveu com a fama, com a guerra de egos, e ainda assim colocou seu risco na parede de granito que é a vida.
George trouxe riffs importantes para a guitarra da música pop, se iluminou nas viagens indianas dos Beatles, aceitou o fato de sua esposa se apaixonar pelo seu melhor amigo (continuou amigo de Eric Clapton depois disto), hipotecou sua mansão para lançar o Monty Python, aceitou com serenidade o câncer que o matou.
Se tem alguém que praticou o desapego, de verdade, foi George Harrison. Um dia eu chego lá...
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