Tudo é linguagem e simbólico. Não pensamos de maneira "objetiva", o subjetivismo prevalece, e é preciso aceitar isto.
As pessoas que estavam no World Trade Center em 11/09/2001 não tinham nenhum tipo de relacionamento direto com o Osama Bin Laden. Ele não as odiava, e por isto resolveu explodir o prédio.
Nem o prédio era o ponto mais interessante para atacar o modelo econômico americano, e as perdas, apesar de milionárias, não pararam com o capitalismo americano. As Torres Gêmeas eram um símbolo do capitalismo, como a Estátua da Liberdade também é um símbolo americano, de outra época e que simboliza outra coisa.
Mas o que simboliza a Maratona de Boston? Para mim esta é a pergunta mais complexa a ser respondida na explosão que aconteceu. Qual o sentido político, social, religioso, econômico que está embutido num evento geralmente associado a competição, esporte e saúde?
Por que este evento foi escolhido, dentre tantos outros, para ser objeto de um atentado?
Independentemente das explicações sobre quem fez o atentado (por sinal a história está muito mal explicada), a motivação me parece a grande incógnita.
Foram motivados apenas pelo fato de ser um agrupamento aleatório de pessoas? Pela vigilância reduzida? Pela cobertura jornalística mundial?
Honestamente acho simplório pensar nisto. Há mil outros eventos assim.
Guerras Simbólicas são guerras contra alvos que fazem algum sentido, que são antagônicos a princípios que regem um grupo, que têm crenças opostas e coisas do gênero.
Daí penso: E se realmente o simbolismo estiver no evento? No encontro de pessoas vibrando por entretenimento e saúde? Se a Guerra Simbólica tiver migrado de Objetos Físicos (templos, estátuas, prédios) e tiver passado para atacar Comportamentos? Atacar a Maratona enquanto Modelo de Vida, algo como se não fosse tão interessante explodir o prédio da Nike, e fosse mais importante explodir as pessoas que compraram a ideia que a Nike vende...
Sem querer ser profético, acho que o próximo atentado, se a lógica for esta, poderia ser numa Applestore ou na Disney. Tanto faz quem for faze-lo (o que sempre me parece estranho, como quando ativistas ocidentais pelos direitos dos animais atacavam os Mc Donalds ou em países não-democráticos baniam o consumo de Coca Cola).
De qualquer jeito o simbolismo continua, só que agora contra um jeito de levar a vida, focando nos seguidores, e não nos mentores deste sistema.
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