Ontem à noite tive uma experiência muito estranha: Acordei na madrugada e ouvi alguém mexendo no meu banheiro, como se colocasse um copo de água na pia. Meio sonado, percebi que o barulho ia para a sala, e aí comecei a ficar esperto. Tinha a certeza que alguém estava andando dentro da minha casa às duas da manhã.
Acendi as luzes e comecei a andar em busca do misterioso invasor noturno.
Não preciso dizer que não tinha ninguém em casa. Se fosse encanado com aparições sobrenaturais, estaria tremendo até agora.
Como nossos sentidos nos enganam! É uma coisa tão comum, que muitas vezes esquecemos que nosso olfato nos engana, ouvimos sons, deduzimos coisas erradas, vemos coisas que parecem, mas não são... E dentro desta confusão enorme de percepção ainda sim tentamos definir um princípio de realidade.
Quando fui para a academia, outra curiosidade: Olhei no espelho e a cor do meu tênis estava bem diferente da cor original. Como o espelho tem uma coloração diferente, geralmente eles rebaixam a cor, pois são acinzentados. Da mesma maneira o monitor em que você vai enxergar a imagem que coloquei neste post nunca vai apresentar a mesma cor que eu vejo no meu monitor.
Acabamos estabelecendo alguns parâmetros para definir o que é realidade, e nos apoiamos neste parâmetros, sem eles necessariamente serem reais. Eles são interpretações do real, ou similares ao real. Definimos como real, apesar de não o serem.
O problema é quando achamos que o que vemos é real, pois o risco é de pirarmos (no meu caso dos sons noturnos, que vinham da vizinha de baixo), ou de ficarmos debatendo com os outros, que enxergam as coisas de um jeito diferente. Ficaremos tentando convencê-las que o que estamos enxergando (ou ouvindo) é real, e o que eles acham que é real, não é...
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