Dentre os símbolos de status mundiais, vemos o dinheiro, o sucesso/fama e poder político como padrões recorrentes. Pessoas ricas, famosas e politicamente influentes são "bons partidos", da mesma maneira que pobretões desconhecidos e isolados tendem a ser escolhas não interessantes na hora de acasalar e procriar.
Claro, o carro é uma das manifestações de sucesso, e de dinheiro. Uma pessoa que anda com um carro caro e vistoso está simultaneamente mostrando sua plumagem artificial e provando que é capaz financeiramente de ter um objeto de alto custo. Há também a teoria da compensação, carrões enormes para egos diminutos, baixinhos em jipes grandes, como se fosse uma perna de pau social.
Mas há a questão da mobilidade. E a mobilidade traz outros elementos para nossa reflexão. O primeiro é que hoje o carro é fundamental para geração de resultados num encontro, quer seja na cidade ou no campo. Se sair com uma pessoa que não tem carro, como a noite poderá se desenvolver? De ônibus? O cavalheirismo se esvairá (e as chances de acasalamento também) na hora em que for se despedir da moça e leva-la até o ponto de ônibus, ao até o carro de outra pessoa.
O carro também se manifesta como um potencial local de intimidade. Repare que as pessoas se comportam dentro dos carros como se estivessem longe de todos. No trânsito todo mundo tira meleca do nariz, corta os pelos do ouvido, come, como se ninguém estivesse ao seu redor.
Da mesma maneira, levar a fêmea para um ambiente teoricamente íntimo já é um passo na aproximação do proto-casal.
Há um outro elemento que ajuda bastante na melhoria da raça, pois há estudos que comprovam que cada vez temos maior variedade genética nos humanos decorrente da capacidade de mobilidade gerado pela capacidade de se mover usando cavalos, bicicletas, trens, aviões e, obviamente, carros!
1 comentário:
Ótima e sucinta análise. Apesar de concordar com tudo, acredito que o ser humano evolua ao ponto dos relacionamentos não serem embasados ou influenciados por questões materiais, como se elas tivessem realmente o poder de dizer quem você gosta ou quem gosta de você. Se eu faço sexo com pessoas que podem bancar meu rolê, é porque sou interesseiro. Aceitar uma situação como esta, em qualquer uma das posições, é mentir para si mesmo e inflar o ego com uma dose artificial de grandeza. Se uma garota escolhe outro indivíduo porque ele possui um carro e eu não, tchau e bença, porque de pessoas assim eu quero distância.
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