Let´s Go!

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13.2.12

A gente morre de quê, afinal?

Acompanhando a morte da cantora Whitney Houston (de quem não tenho nenhum apreço musical, mas respeito o vozeirão), pude constatar que sempre as pessoas ficam curiosas da causa da morte.
Já tinha ficado intrigado quando li na Veja (sim, me arrependi de ter comprado) um obituário muito curioso. A última veterana que havia participado da 1a Guerra Mundial morreu esta semana, com 110 anos. Aí, no final, o jornalista escreve: "de causas não divulgadas". Como assim? 110 anos de causas não divulgadas? Do que será que ela teria morrido? Alguém tem alguma dúvida?


Vamos pensar: Um cara morre, qualquer um. Aí vão investigar e descobrem que ele morreu de ataque cardíaco. OK, causa morte? Infarto. Mas aí descobrem que ele tinha tomado remédios para dormir. Causa morte? Medicamentosa. Mas aí descobrem que ele brigou com a mulher e estava com depressão. Causa morte? Potencial suicídio. No IML detectam que ele estava com níveis altos de colesterol e triglicérides, e a polícia descobre que tinha acabado a luz do prédio dele e que o cara subiu cinco andares a pé, sendo obeso e sedentário. Causa morte? Obesidade.


Será que é preciso lembrar que a gente não morre de uma coisa? A gente morre de viver, só isto. E viver bem ou viver mal são valores morais, não só de saúde. E também são questões do indivíduo, morrer é uma consequência da proposta de viver que criamos.


Lembrei imediatamente do belo filme "Despedida em Las Vegas". Vale a pena relembrar...

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