Começo de agosto sempre têm a feira nacional de Recursos Humanos, o CONARH. Há tempos que não ia, e resolvi dar uma passada para ver a quantas andava a feira. Confesso que fui surpreendido.
Quais eram os maiores estandes? De máquinas de café e de softwares de "contabilidade humana". E não havia diversidade de modelos de gestão, ou seja, de prestadores de serviços desta "linha" de RH ou de outra. O CONARH exala um único modelo de gestão de pessoas, que infelizmente está mais para Zeladoria de Pessoas do que Gestão Estratégica.
Em alguns estandes tinha fila... para pegar bexiga, para comer jujuba e tomar café. Havia farta distribuição de sacolas que não tinham nada dentro. E em alguns estandes estavam aspirantes a comediantes de stand up contando piada. Pelo menos desta parte eu gostei, pois adoro o surreal, o esdrúxulo, o exótico.
O estande que mais me intrigou foi de um senhor com um terno amassado vendendo o que seriam "jogos corporativos", onde tinha um monte de material de EVA, tipo casinhas para montar e dardos para jogar em alvos na parede. De acordo com ele eram jogos para estimular debates dentro das empresas.
Para mim pareciam mais brinquedos utilizados por primatólogos para tentar descobrir a linguagem dos chimpanzés...
Em menos de duas horas já estava indo embora.
Espero, do fundo do coração, que este CONARH não tenha sido representativo do momento do RH de hoje, e que apenas reflita uma decadência do encontro em si. Se ele realmente for o reflexo de como as empresas estão enxergando o RH hoje acho que todos que trabalham em corporações estão em apuros...
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