Apesar de não ser um especialista na área, tive a oportunidade de ver vários amigos meus se arriscando nas artes do amor. Conto aqui algumas histórias reais, mas com nomes trocados, para evitar o ódio e o ressentimento dos envolvidos.
A primeira história é de um amigo que vamos chamar de Alaor. Ele tinha acabado de conhecer uma menina e o clima estava esquentando entre os dois. Alaor, muito antenado nas modernidades de nossa sociedade, preparou uma noite caliente para sua amada. Tinha ouvido falar que brincar com comida era um estimulante sexual. Pois bem, como bom fã de Leite Condensado, resolveu lambuzar toda a sua parceira com a substância, para criar aquele clima. Se jogasse coco ralado virava um Bolo Prestígio.
Mas Alaor não contava que o negócio seca, e é grudento. Quando os dois corpos se entrelaçaram aconteceu o inesperado: Uma sessão de depilação mútua, regada a muitos "ais" e "uis". Meu amigo ficou com o tórax parecido com daqueles caras que fazem eletrocardiograma, uns tufos prá lá e outros prá cá. Sobre o resto do corpo, prefiro não comentar. A moça, obviamente, sumiu.
Outra história muito interessante foi de um outro amigo, o Vanuso. Estávamos num grupo de teatro e ele de olho numa atriz muito bonita, que estava com dificuldades de "sensualizar" a personagem dela. E eu, como diretor, resolvi segui pelo caminho da "memória afetiva", técnica muito usada para ajudar atores nesta situação. O Vanuso se antecipou e disse que poderia dar uma dica para ela, a partir de sua vivência no ramo.
Ele olhou nos olhos dela e disse, com aquele sorriso meio de lado numa mistura de RPM e Vanilla Ice: "Quer uma dica? Faça como eu: Leia livros de filosofia. Toda vez que leio filosofia tenho uma ereção".
Curiosamente a atriz não saiu correndo, mas nunca mais falou com ele. E eu, por prudência nunca mais pedi livros de filosofia emprestado para ele...
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